A gente passa uns apertos por bobagem, nessa vida, já
reparou? Mesmo a gente sabendo, racionalmente, que a coisa vai dar errado, a
gente teima e faz errado mesmo. Mesmo com os amigos falando que aquilo não vai
dar certo, a gente teima e faz daquele jeito mesmo. E não dá outra: dá é
errado. Outro dia eu dei um ataque por causa de uma insistência minha numa
coisa que visivelmente não daria certo, mesmos a família alertando - e deu o
que fazer para resolver a situação!
Foi o seguinte: Finalmente conseguimos construir nossa casa
do jeito que sonhávamos. Estávamos morando em apartamento desde o casamento,
mas nenhum dos dois era acostumado a espaços tão reduzidos e a audência de um
quintal, então passamos anos economizando doentiamente até termos o suficente
para comprarmos o lote ideal e construirmos nossa casa, do nosso jeitinho.
Com direito a área de lazer com piscina, sauna e churrasqueira. Lindo! E foi
exatamente aí que eu errei. Como era uma área de muita umidade, a sugestão
óbvia era colocar portas de alumínio - no nosso caso, portas-balcão dealumínio. Mas eu cismei que queria que fossem de madeira, porque gostava
mais, achava mais bonito, mais rústtico, blablabla... E mesmo todos falando que
não ia dar certo. Minha mãe me falou isso. Até meu irmão. Mas eu não
quis nem saber: as portas iam ser de madeira e ponto final.
Foi madeira, mesmo...
E instalei as tais portas de madeira nos banheiros da área de
lazer. Como a sauna era a vapor, lá eu coloquei as de alumínio - claro, né
gente?? Sou pirracenta, mas não tonta. E ficaram lindas! Escolhi a dedo um par
de portas simples, mas com um filetezinho de betume deslocado do centro, só pra
dar um tchan. Eu sei, “era só um banheiro”, mas que mal tem a gente fazer a
casa da gente ficar mais bonitinha, não é?
Passei meses orgulhosa do resultado. E na minha cabeça, se
fosse pras portas empenarem, por causa da umidade, já teria acontecido, já que
estávamos a pleno verão, e usávamos a piscina e a sauna várias vezes ao longo
da semana. Recebĩamos amigos com filhos, então a bagunça com água voava longe,
e mesmo assim as portas resistiam bravamente. E eu ficava cada vez mais
orgulhosa, mas sempre aparecia alguém pra me dizer que eu tinha sido doida em
colocar porta de madeira numa área como aquela, que devia ter instalado portasde alumínio. Eu nem ligava.
Mas um dia...
… um dia empenou. Aliás: empenaram. Reparei que, quatro meses
depois, elas começaram a “agarrar” um pouco na hora de fechar ou abrir. Mas nem
me ocorreu que pudesse er pela umidade! Pensei que era pelo peso das portas
estar finalmente acomodando nas dobradiças, ou da própria construção da sauna
estar se acomodando no terreno e ter acontecido algum desalinho. Fui deixando,
achando que um pouco de óleo daria conta do recado. Que nada...
Aos nove meses (praticamente uma gestação), as portas estavam
tão emperradas que começaram a provocar rachaduras nas paredes em que estavam
instaladas. Uma dessas rachaduras aconteceu no meio da noite e deu um estalo
tão alto que achei que a casa estava caindo! E não teve jeito: a solução era
trocar aquelas portas tão fofas de madeira por portas de alumínio. Como eu
estava muito esistente, meu marido me levou a uma loja pra escolher o modelo e
ver que existem modelos muito interessantes.
E realmente tem! Vimos uma porta-camarão de alumínio
que eu não conhecia ainda, e achei a ideia muito legal! Mas por causa das
crianças, achei melhor colocar uma porta de correr, mesmo, pra evitar
dedinhos presos na dobradiça do meio. E ainda tinha a opção de escolher a porta
de alumínio branco, que achei super atraente e muito bonita! Ficou sendo
ela mesmo.
Agora sim, eu posso ficar orgulhosa da escolha das portas. O
visual ficou lindo, são extremamente práticas para limpar, não vão empenar
nunca com a umidade, mesmo que joguemos baldes cheios nelas e vão ter sempre
uma carinha moderna. A-DO-RO!!
