Oiii gente quem é vivo sempre aparece e estou eu aqui novamente..
Textinho bacana sobre o Stress, vale mto a pena a leitura.
Quantas vezes, devido ao stress, nossos médicos nos recomendam ansiolíticos e caminhadas ao ar livre, ou alguns dias de folga para espairecer, ou mesmo uma terapia com psicólogo? Nesses nossos dias corridos, recomendações assim têm se tornado frequentes. Somos cada vez mais exigidos a cumprir mais tarefas em prazos cada vez menores, com complexidade cada vez maior – e à perfeição. Não há mente nem corpo que aguente isso por muito tempo e o desfecho lógico disso é o surto, um “piti”, um “ataque de pelanca”. Falamos em tom de brincadeira que estamos quase pirando, mas essa afirmação está mais próxima da realidade do que nós mesmos pensamos!
A proximidade desse surto envia sinais: dificuldade para dormir, mudanças nos hábitos alimentares (algumas pessoas passam a comer como se quisessem fazer provisões de guerra no próprio estômago, outras praticamente param de comer), alterações violentas no humor, isolamento social... mas um dos sintomas mais comuns é a dificuldade de concentração. Ler se torna um fardo pois os olhos não conseguem mais seguir as linhas, qualquer ruído para a ser distração, e uma vez distraída, não consegue mais retornar ao que estava fazendo. Com isso, a qualidade no trabalho cai, as broncas chegam e, com o mercado do jeito que está... o fantasma da demissão começa a rondar nossos sonhos. Aí, sim, não há quem durma, mais.
Tratamento alternativo?
Chega a ser covardia pedir a uma mulher estressada que se concentre em algo. Ler é praticamente impossível, prestar atenção numa palestra ou numa reunião de negócios parece ser coisa para pessoas iluminadíssimas (o que não é o caso dela, segundo sua própria auto avaliação), a técnica quase infantil de “contar até dez” irrita mais do que ajuda. O terapeuta não terá outra coisa a fazer senão receitar um remédio para acalmar os nervos, ou então...
“... hmmm... que tal você fazer umas aulas de tiro esportivo?”. A sugestão parece tão desajuizada que a pessoa até muda de fisionomia: de tensa passa a surpresa. As sobrancelhas arqueiam para cima, os olhos se arregalam (e brilham, pode apostar) e o corpo se apruma. Em meio à grande surpresa, só resta raciocínio para perguntar: “Como é? Tiro esportivo?”. E diante da confirmação do terapeuta, os olhos arregalados começam a olhar para todas as direções, compondo cenários de tiro ao alvo nos quais nossa estressada tem uma arma nas mãos. Logo ela, que está com os nervos à flor da pele, manejando uma arma? Que maluquice é essa?
Concentre-se!
Claro que uma sugestão como essa, quando é feita, não é de modo leviano. Se um terapeuta chega a sugerir uma coisa assim é porque o perfil que ele identificou não é de uma pessoa com capacidade para causar danos a outras pessoas – só é alguém precisando de uma válvula de escape e de retomar o foco de seu cotidiano. Quer situação mais exata do que num campo de treino de tiro esportivo?
Não raro, surgem novas praticantes nestes campos com a intenção de reequilibrar-se mental e emocionalmente. Isso porque a prática de tiro com uso de arma airsoft, assim como armas de fogo, exigem muita concentração para que os disparos tenham precisão. Essa concentração é atingida com muito treinamento, inclusive da respiração, Uma praticante que esteja ansiosa e ofegante não consegue controlar sua respiração num intervalo curto e seus tiros mal acertam a borda dos alvos. Como os mais experientes costumam dizer, “acalme sua mente, assim seu corpo se acalma também e você conseguirá mentalizar a trajetória da bala – e ela vai atingir o alvo em cheio”. Não dá outra. Seja com carabina de pressão, seja com pistola, o resultado é sempre o mesmo: se o corpo e a mente estiverem livres de tensões, o disparo é certeiro (lógico, com alguma técnica também).
À medida em que a praticante estressada vai treinando, ele se acostuma a se acalmar para dar um bom tiro – e sem perceber, vai SE treinando para recuperar a calma também fora do campo de treinamento. Sua conduta começa a se tornar mais calma novamente, não porque a tensão deixou de existir mas, sim, porque ela foi aprendendo a lidar com essa tensão – e a lidar consigo mesma quando ela surge, o que é mais importante. Aprendeu a ter autocontrole.
