Se tem uma profissão que é especial, essa profissão tem
nome. O dentista. Têm até quem fique em dúvida se o dentista faz parte do corpo
de médicos, mas apesar deste absurdo, é inegável que todo mundo se lembra de
pelo uma experiência com um dentista alguma vez. Não precisa ser nenhuma
relação de medo, raiva ou de qualquer outro sentimento, mas ir ao dentista,
causa uma certa expectativa. Seja ela boa ou ruim.
Esse tipo de situação fica ainda mais em voga quando o
paciente está prestes a colocar um aparelho, fazer um canal ou alguma operação
deste tipo. Alguns mais tranquilos, outros nem tanto, mas de fato, ir ao
dentista causa uma certa apreensão. Mas e para o dentista, como será que é
atender a cada dia novos pacientes diferentes, examinar novas bocas e mais
algumas outras singularidades que marcam o dia a dia de um profissional bucal. Penso
no dentista como um veterinário. Ambos os pacientes demonstram uma conduta
antes da consulta, mas quando a coisa começa a valer, alguns dão um show de
loucuras e outros se saem muito melhor do que o esperado.
Relação dentista x paciente
O que me faz acreditar ainda mais que a profissão de
dentista é realmente especial, é pensar no paciente, e como ele se relaciona
com o doutor. Antes de conhecer o profissional, mil e uma ideias passam na
cabeça sobre a personalidade e sua habilidade técnica para tratar a saúde bucal
do paciente. E se o doutor não for gente boa, provavelmente esqueça ele, porque
dificilmente o paciente irá se importar com a sua qualidade profissional já que
o doutor não é uma pessoa muito agradável.
Claro que o paciente têm os seus motivos a zelar, já que
muitos casos levam alguns anos para serem resolvidos, e ser consultado por uma
pessoa que você não simpatizou não parece ser muito legal. Mas em grande parte
desse tipo de situação, esse motivo acaba não contando muito. Pode parecer
mentira, mas quando acontece do doutor ser uma pessoa muito bacana e não fazer
os melhores procedimentos bucais, é muito improvável que você procure a mudança
de profissional.
Essa pessoa sentada aí, não sou eu!
Quantas vezes você já não passou vergonha por agir com
instinto (entende-se por medo na grande maioria dos casos), e tentou recuar
quando o doutor foi colocar algum material ou equipamento estranho na sua boca?
No final das contas, a maquininha só tinha um barulho estranho e nem ao menos
tocava direito nos seus dentes. Meu dentista mesmo, me contou que houve casos
em que ele quase precisou comprar motor de implante novo, por
causa da briga que foi para atender alguns pacientes mais doidos. Nesta hora
que lembro, e tenho certeza que o veterinário e o dentista são muito mais
próximos do que realmente parecem.
E uma característica que se remete a todos os profissionais
da medicina, é justamente a recordação de cada um com os seus pacientes, fora
do consultório. O paciente dificilmente se esquece do doutor que o atendeu ou
realizou algum procedimento mais importante na boca, mas por outro lado, é
muito comum que o doutor não se lembre de seus atendidos fora do seu
expediente. Resultado? Uma pequena decepção já que aquele momento de tensão durante
a consulta é tão atípico para você, e o cara nem ao menos se lembra da sua cara.
RSRSRS
